
3 de dezembro de 2022 / 19h
Sala Álvaro Moreyra (Av. Érico Veríssimo, 307 - Azenha, Porto Alegre - RS)
Duração: 60min
A montagem nasce do encontro entre o projeto de estágio de graduação de Phillipe Coutinho no DAD/UFRGS, a pesquisa de mestrado de Sandino Rafael no PPGAC/UFRGS e as vidas de mais cinco jovens pretos que decidiram continuar em movimento, juntos. Esse movimento gesta a rede Espiralar Encruza. A dramaturgia, construída em sala de ensaio, é composta por histórias, desejos e reflexões das performers e se propõe a discutir algumas das questões subjetivas e estruturais causadas pelas desigualdades étnico-raciais presentes na sociedade brasileira. Nas referências que guiam o espetáculo estão as manifestações culturais negras contemporâneas que vão desde o samba, o funk e as religiões de matriz africana ao vogue e slam, que fazem parte das vidas das performers. Num misto de celebração de sua existência e críticas às estruturas que o cerca, o grupo se apropria do espaço do teatro para concretizar uma prática antirracista na sociedade a partir de percepções subjetivas. Na fricção entre ficção e realidade, público e performer e presente e futuro, o coletivo enseja dançar sob as certezas que são direcionadas aos corpos pretos e, num gesto poético e político, desmontá-las.
Performers: Cira Dias, Eslly Ramão, Gabi Faryas, Letícia Guimarães, Maya Marqz e Phill / Direção: Espiralar Encruza / Operação de luz: Thaís Andrade / Operação de som: Aterna Pessoa / Cenário, figurino e produção: Espiralar Encruza / Fotografia: Moisés Nobre / Duração: 60 minutos