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23/10 | projeto em quadros: Locus enunciativo – círculo farpado



23/10 às 20h

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Partindo de uma pesquisa sobre corpo, discurso e linguagem, esse trabalho foi se estruturando a partir desse tripé, com o objetivo de afirmar o locus de enunciação, na “contramão dos paradigmas”, pois esse lugar de fala é, também, marcado pelas hierarquias de classe, de raça, de gênero, sexuais e outras que incidem sobre o corpo. Dentro da psicologia, embora haja discussões, “Locus de controle é a expectativa do indivíduo sobre a medida em que os seus reforçamentos se encontram sob controle interno (esforço pessoal, competência, etc.), ou externo (as outras pessoas, sorte, chance, etc.).” Refletir sobre esses aspectos e os efeitos do processo de constituição dos sentidos e do sujeito do discurso, me fez crer, ainda mais, que um processo de criação de uma linguagem “decolonial” é necessário e vai muito além do que se imagina, vai além do edificador e do espectador, inclusive. Assim, conduzida por uma pulsão, meu corpo-voz se torna a representatividade desse lugar de fala, “lugar da pertença e da presença”. Pensando no centro de tudo, PODER, que simbolizo pelo “arame farpado” em formato de círculo (círculo do poder), represento pela manipulação do objeto as “sombras” que ainda nos assolam. Os demais elementos utilizados no processo, rosa queimando, taça quebrada, dentre outros, representam a inquietude individual do corpo-voz e sua transformação interna, pois embora essa inquietação seja sentida de forma particular, as sombras que imperam essas aflições, reinam coletivamente e usurpam, em maior ou em menor grau, derivadas, também, do patriarcado e do machismo, ainda muito presentes. Por fim, nesse trabalho, me coloco, respeitosamente, no meu lugar de fala como mulher, buscando instigar essa reflexão.

Ficha técnica

Produção individual e fotos: Juliana Sixel


foto: Juliana Sixel

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