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Zambo (PE)


14/09 às 19h - Sala Álvaro Moreyra / Ingressos: R$ 40-80 Compre seu ingresso online >> uhuu.com/poa-em-cena

Zambo é uma obra que persiste ao tempo, que fala com propriedade sobre um Recife que superou limites regionais e estéticos e entrou para a história. Uma terra onde os Xangôs e Palafitas dividem espaço na narrativa antropológica de um lugar colonizado por gente de todo o mundo. Do balaio de referências culturais, antropológicas e rítmicas surgiu uma cena em ebulição no Recife, o Manguebeat - movimento estético-musical capitaneado pela figura de Chico Science - que abalou algumas estruturas, concepções e mentes da intelectualidade nacional, na década de 1990. Traduzindo esteticamente estas ideias, tanto nos figurinos e na coreografia, quanto nos cenários e, em especial, na trilha sonora – que é executada ao vivo -, o espetáculo apresenta uma leitura coreográfica para as analogias do homem-caranguejo, com movimentos específicos, naturais e orgânicos, em comunhão com a história do Recife.

Ficha técnica:

Direção: Mônica Lira / Concepção e coreografias: Mônica Lira e Sonaly Macedo / Elenco: Gardênia Coleto, Jennyfer Calda, Jorge Kildery, Rafaella Lira Trindade, Everton Gomes e Anne Costa / Figurino: Período Fértil / Iluminação: Beto Trindade / Concepção maquiagem e penteados: Ivan Dantas / Recomendação etária: livre / Duração: 52min

Foto: Wellington Dantas

Grupo Experimental de Recife – 25 anos

O Grupo Experimental, fundado em 1993 na cidade de Recife (PE), tem lugar de destaque na dança contemporânea produzida no nordeste brasileiro, por sua originalidade e contribuição à profissionalização da cena local, sendo reconhecida nacional e internacionalmente. Tendo a experimentação e a interação com diferentes linguagens artísticas como base de sua pesquisa, a companhia conta com acervo repleto de criações que priorizam a colaboração e o trabalho em equipe como caminhos para manter a arte como veículo de transformação, desenvolvimento e respeito à diversidade.

Nas palavras da fundadora e diretora, Mônica Lira: “o que me inspira a criar é olhar para as pessoas, para as tradições que mostram uma cidade inquieta, que ocupa as ruas, os espaços. A cidade para mim é um espaço de descobertas, sobretudo quando olho para a dança no corpo desse lugar. Eu crio pensando em tudo isso, em como eu posso levar para a dança toda essa narrativa que acontece todos os dias, em todos os lugares. Eu não criei o grupo pensando apenas em dançar e ocupar os palcos. Eu criei um grupo para discutir e pensar esse lugar que a arte ocupa na formação das pessoas, da política e das formas como nós melhoramos o mundo. E eu acredito que a obra de verdade é fruto destes experimentos que a gente descobre fazendo”.

Por sua forma de criar e interagir com a cidade e os artistas, o grupo deu vida ao Espaço Experimental, que além de servir como sede, transformou-se em um local de referência, onde afluem bailarinos, coreógrafos, professores, pesquisadores, produtores e outros profissionais ligados à dança contemporânea, ajudando a consolidá-la. O grupo, junto ao Espaço Experimental, realiza projetos socioeducativos, seminários, oficinas práticas e teóricas, grupos de estudo e programas de intercâmbio na produção de dança. Neste contexto, viabilizando também ações itinerantes, em que novos artistas são formados e incentivados a manter viva a dança em lugares diversos.

Em comemoração aos 25 anos, o Grupo Experimental apresenta três espetáculos na programação: Breguetu, Pontilhados e Zambo, além de realizar uma residência em nossa cidade.

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