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Programação:

15º Prêmio Braskem em Cena:

o festival 

 

O Porto Alegre em Cena é um dos mais importantes festivais de artes cênicas da América Latina que, em seus 28 anos de atividades ininterruptas, trouxe os mais importantes artistas e grupos das artes cênicas do Brasil e do mundo para Porto Alegre.

 

Com sua programação de altíssimo nível, o Festival colocou a cidade no mapa de circulação de grandes espetáculos de artistas, como Antunes Filho, Christiane Jatahy, Zé Celso Martinez Corrêa, Fernanda Montenegro, Marco Nanini, Felipe Hirsch, Tom Zé, Debora Colker, Paulo Autran, Denise Fraga, Georgette Fadel, Matheus Nachtergaele, Marieta Severo, Adriana Calcanhotto, Andrea Beltrão, Drica Moraes, Renata Sorrah, Marcio Abreu, Tulipa Ruiz, Antonio Araújo, Zélia Duncan, Grace Passô (nacionais); e Ariane Mnouchkine, Peter Brook, Pina Bausch, Mats Ek, Bob Wilson, Sasha Waltz, Meredith Monk, Angelica Liddell, Eimutas Nekrosius, Sankai Juku (internacionais); além de muitos outros artistas.

A programação nacional e internacional é construída a partir de pesquisas da direção artística do festival junto a programadores, produtores e artistas de todas as partes, além da nossa equipe.

Os espetáculos da cidade ganham destaque na programação. Uma comissão de curadores composta por profissionais do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do RS (SATED/RS), coordenadores de cursos do Departamento de Arte Dramática da UFRGS, coordenação de teatro da UERGS e profissionais convidados pelo festival assiste aos espetáculos inscritos e se reúne para discutir sobre o teatro local e decidir dez obras que farão parte da grade.

Além da mostra de espetáculos, o Porto Alegre Em Cena também dá forte ênfase às atividades formativas, como debates, residências, aulas e oficinas. A ideia é oferecer protagonismo às discussões e debates, transcendendo, inclusive, os temas das peças para criar espaços de discussões que vão além da estética e invadem o social.

palavra do diretor geral 2021

A primavera nos dentes.

A grande equação pra mim nesse momento era como encontrar as flores no meio desse caminho suntuoso que foi se formando ao longo desse ano de 2021. Com os reflexos da pandemia mais evidentes, uma crise sanitária ainda mais acirrada andando em paralelo com o processo de vacinação e uma ideia de esperança renovada, pra que a vida possa ser vivida com alegria. Então vieram os sorrisos de uma vida com encontros, com o retorno das atividades profissionais, aquilo que era dito essencial foi retornando muitas vezes de maneira desordenada… mas e a arte? E o essencial da arte? E a criação da beleza que se faz ainda mais urgente nesses tempos de uma violência cotidiana escrachada?

Ora pois, se a arte é um sujeito de conhecimento através da estética e com ética, é bastante clara a importância da existência e realização de um festival que reúne em um espaço de tempo uma pluralidade de pensamentos e produz diversas formas de beleza. Se a violência é inerente  a condição humana, então que seja através da arte que a gente tome contato com ela. Do contrário, estaremos perdidos. Dancemos, dancemos…

Com essa gana de continuar dançando é que enfrentamos todas as dificuldades da pandemia - os medos, das mudanças na sociedade, as crises que nos impediram de, pela primeira vez, não ter a correalização da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo através da Lei Rouanet - e muito orgulhosamente colocamos mais uma vez uma bela e potente programação na rua, reunindo mais de 25 atrações nacionais e internacionais entre espetáculos, performances, instalações, exposições, falas, oficinas, conversas…

Partimos da ideia de criar uma programação de performances urbanas devido ao sucesso das realizadas no ano passado. Nessa busca de entregar algo instigante e que interferisse no cenário urbano da cidade me encontrei com o artista Xadalu que me emocionou ao dividir comigo o trabalho que estava desenvolvendo, chamado Existe uma cidade sobre nós. Uma obra que resgata o conhecimento ancestral Guarani sobre esse território sagrado onde se construiu a cidade de Porto Alegre. A partir dessa obra e dessa história contada pelo Cacique Cirilo no dia de abertura do Festival no Theatro São Pedro, é que comecei a pensar toda programação do festival. Passou a se tratar disso: não bastava intervir na cidade de Porto Alegre, era preciso sobrepor a ela outros conhecimentos, outras histórias que foram marginalizadas pelo processo colonial. Pois esta obra que hoje está finalizada e exposta no Rio de Janeiro será colada pelos muros da cidade, como é de praxe no trabalho do artista, e outra, inédita, chamada Jardim Guarani, está em criação e será exposta no foyer nobre do Theatro São Pedro junto à fala do Cacique.

Começamos a montar uma programação com obras como Camaleões de Brasília, Esquadros capitaneado em Porto Alegre pelo projeto Projetores pela Cultura e com artista de videoarte de todo Brasil, Entidades de Jaider Esbell de Roraima e mais cinco espetáculos de Porto Alegre: Anatomia Temporária, Voluntários da Pátria, Respira Não Pira, Kuumba e Bando.

Com isso quisemos também provocar o retorno dos encontros do público com as artes vivas, com a imersão, a experiência e a reabertura de espaços cuturais e o retorno do público às salas de espetáculo. Com o apoio do projeto Iberescena montamos uma linda programação sulamericana com Como as coisas chegaram aqui? do artista multimídia Ivan Haidar (Argentina); Infinitos, da Colômbia, de Carmen Gil que irá criar uma nova versão da obra a partir de uma residência artística com as atrizes Sandra e Miriã Possani, mãe e filha que se encontram pela primeira vez no palco nesse trabalho e Ela e os porcos da Ignácia Gonzáles, do Chile.

Em meio ao campo de batalhas de criação dessa programação, definindo programação, orçamento, aprovações e não aprovações dos projetos de incentivo a cultura, conseguimos confirmar novas parcerias através do financiamento do PRO-CULTURA RS e enriquecer a programação com alguns trabalhos da maior importância para o teatro brasileiro como Altamira 2042 da maravilhosa Gabriela Carneiro da Cunha que nos guia por relatos do rio Xingu e Fantasmagoria nº 2 com direção do Felipe Hirsch e seu coletivo Ultralíricos, agregando também um elenco local.

E, como o processo criativo é feito de pequenos milagres, um dos espetáculos que já tinha saído da programação pelos altos custos técnicos, a videoinstalação Metaverse: estamos no fim de algo voltou graças ao feliz encontro do festival com a Fábrica do Futuro, um complexo multidisciplinar, que acolheu o evento e nossa programação híbrida com transmissão ao vivo e os encontros da equipe. Para a nossa surpresa, o espaço tem uma sala de projeções perfeitamente equipada para receber esse trabalho deslumbrante que coloca o público literalmente dentro de uma realidade paralela digital.

Esse ano, com muita alegria, também retomamos o projeto de descentralização junto a programação oficial do festival. Grupos locais e nacionais irão se apresentar nas regiões de periferia da cidade e democratizar mais ainda a programação. Por falar nisso, esse ano, excepcionalmente, vamos fazer uma programação inteiramente gratuita justamente para estimular o retorno do público ao teatro. Tudo, é claro, com todo cuidado, respeitando ao máximo todos os protocolos sanitários e cuidando de todos detalhes para que equipes, artistas e público possam desfrutar dos espetáculos com segurança.

E é em meio a esse cenário maluco em que todos setores da cultura estão atingidos diretamente  e buscando se reestruturar e retornar aos encontros que colocamos esse festival na rua, pra encher nossa cidade de beleza e conhecimento em mais uma primavera. E é assim, com uma alegria proporcional aos desafios que veremos o artista brasileiro, entre os dentes, segurar a primavera.

Fernando Zugno

Equipe 28º Porto Alegre em Cena 2021:

Direção geral e curadoria: Fernando Zugno
Coordenação de produção: Laura Leão
Coordenação de programação: Duda Cardoso
Coordenação de descentralização: Adriane Azevedo
Coordenação cenotécnica: Yara Balboni
Coordenação técnica: Maurício Moura
Logística: Thaís Gombieski
Assessoria de imprensa: Agência Cigana – Cátia Tedesco e Mauren Favero
Projeto gráfico e site: Dídi Jucá
Obras de arte do projeto gráfico: Antônio Augusto Bueno
Fotos das obras de arte do projeto gráfico: Juliana Alabarse
Gestão de conteúdo e apresentação Ponto de Encontro: Bruna Paulin
Redes sociais: Clara Corleone
Vídeos: Lui Felippe
Bilheteria: Ziza Ferreira
Coordenação administrativa: Daniela Ramirez
Gerenciamento de projeto: Leticia Vieira
Tradução e interpretação para LIBRAS - GETTLibras – Ângelo Collioni / Sandro Fonseca/ Vanize Flores / Vinicius Martins
Estagiário : Guilherme Mallmann Cibulski

 

Curadoria Programação Local 

Luciana Eboli / Henrique Saidel / Yara Deodoro /  Raquel Kubeo / Luciano Fernandes / Tatiana Cardoso / Diego Ferreira

Assistentes de produção: Clara Santos / Ricardo Neme
Produtores de Palco: Arthur Mendes / Arthur Serpa / Eduardo Custódio / Eduardo Kramer/ Juliana Katz / Luciana Leão
Cenotécnicos: Rudinei Morales / Sergio Dorneles
Técnicos: Alex  / Alexandre Saraiva / André Hanauer / Anilton Souza / Carlos Azevedo / Clauber Scholles / Daniel Fetter / Eduardo Kraemer / Felipe Zancanaro / João Fraga
Ciclistas BiciBanners: Amaranto Manatit / Lauro Fagundes / Mani Torres / Renê Loreno / Thais Andrade
Apoio Bilheteria: Mishta / Bruno Silva
Motoristas: Roger Bruck / Luis Alberto de Oliveira

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